Dama da noite

Paraíso no asfalto

Dama da noite
Eu saio pela rua quieto, analfabeto
Olhando de um lado pro outro
De um lado fica o muro alto, eu tô no asfalto
Talvez eu amanheça morto

No bolso direito tem fome de quem não come
Já faz eu nem me lembro quanto
No bolso esquerdo o "cano"
Nunca me engano
Assim é que eu me garanto

O centro sempre tá lotado, campo minado
Aqui tem tudo o que eu preciso
Ohomem disse na tv "tá pra nascer quem faça disso o paraíso"

Então me diz o que é que eu faço
Já que eu não passo de um cara sem educação
É certo que eu nasci na rua, embaixo da lua
Não pense que eu gosto, é que esse é o meu chão.
Mas se é preciso eu faço a hora
Na medida do possível eu vou levando

Não quero seu olhar, o seu perdão
Aqui não é lugar pra quem passa
Aqui é a contramão.

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