Damas do nada

Culpa, mãe

Damas do nada
Acordo com febre, mas estranhamente confortável
Há algo na saúde que me incomoda
Que me aleija por trás, e me afasta um nome
Pras drogas que me mantém sóbrio

Me dê a culpa, mãe

Eu existo em meu lugar

Ensaio novos gestos como num tributo ao silêncio
Propago velhos ritos ao regozijar o mar
A falta que faz a visão que mente
Entorpece o vazio e nada mais

Me dê a culpa, mãe
Em meu lugar eu existo
Culpa, mãe

Não ando em vão
Quando meus ritos conturbados e seus corpos repousados se consomem em brasas
Por onde tudo um dia passa
Eu estou em casa

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