Desaforo norte

Cerca viva

Desaforo norte
Só carros no meio da rua
Desejos que ficam em casa
Fumaça preenche o peito
E meu peito ahh
Busca o sossego quinta-feira pós-aula
Pro meu apego é pós-jaula, pds
Me desce outra dose de alma

Imerso na mesma morada
É minha fuga pra eu conviver e eu num quero me envolver
Sigo o fluxo que é pra eu não perder a essência da minha identidade
Que foi forjada com aparência (há muito tempo)

Alienação ou consciência
Caminho por essas ruas e num enxergo a diferença
O meu refletir sempre foi o meu me encontrar
Mas eu evito, pra eu poder continuar a respirar

Ainda me falta o ar
Xô eu correr preu me adiantar
Sem conversa que hoje eu tô nessa
Vibe de não me trocar com quem não presta
Me contesta e eu atesto as suas controvérsias

Tô com pressa, dá licença, sem tempo pra arrogância
Minhas crenças é o que inibe a ignorância
Que rodeia minha volta e me cerca
Na mesma pegada que me distancia
Me influencia a ser poeta

E ao erro
Pressa sociedade de mentira postiça como o amor que se esconde nas entrelinhas
Verdades
Sinto falta no hoje em dia e me pergunto até quando cês vão se enganar na vida?

Vão pagar o preço dessa escolha
Vão sentir o peso que a vida cobra
E é sem amor
Se suas ações são sem pensar nesse presente, no futuro
O que te espera pode te desagradar, e é a dor

Essa cerca viva é sua herança, pessoas que não entendem a existência
Restringem a mente e multiplicam a não ciência da realidade
Pra esse deserto de vaidades

Essa cerca viva é sua herança pessoas, que não entendem a existência
Restringem a mente e multiplicam a não ciência da realidade
Nesse cerrado de vaidades

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