Do culto ao coma

Sobra o céu

Do culto ao coma
Ninguém vai curar as feridas
Da minha mente sombria e mal resolvida
Nem eu sei a que ponto cheguei
Nem em que rua minha casa se habita

Desta vez ficará corrompida
De vez quebrada e também vencida
Quanto tempo que eu passei
Buscando a chuva adormecida?

Num ambiente fechado e sem ventilação
Num cinzeiro cheio de restos de emoção
Eu não vou ser preso pra depois voar
Com um tiro no peito – dor e solidão

O que é meu está ao relento
Me falta o sopro, me falta o vento
Que só em você se faz soar
A beleza prometida

Num ambiente fechado e sem ventilação
Num cinzeiro cheio de restos de emoção
Eu não vou ser preso pra depois voar
Com um tiro no peito – dor e solidão
Cair de um lamento, pra além do chão
O vazio fica acima, eterno, em vão
Gritei pro mundo inteiro que se abrir a mão
Sobra o céu, assustadora imensidão

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