Dolores duran

A banca do distinto

Dolores duran
Não fala com pobre
Não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor?
Pra que esse orgulho?

A bruxa, que é cega
Esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarto lhe pega, doutor
E acaba essa banca

A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto
Esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde
Ele acaba no chão

Mais alto o coqueiro
Maior é o tombo do coco, afinal
Todo mundo é igual
Quando o tombo termina
Com terra por cima
E na horizontal

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