Francisco mário

Chora palhaço

Francisco mário
Mesmo quando era menino
Moleque de fundo de lona
Muito mais que alegria
Muito mais que palhaçada
Eu via era tristeza
Nos palhaços que eu amava

Não que não fosse engraçado
O jogo jogado em cena
Não que eu menino não risse
Dos pulos e brincadeiras

E que eu guardava comigo
De um dia, de um certo circo
O que eu vi, de surpresa
Depois do drama encenado:
Um rosto sendo lavado
E dele surgir claramente
A forte imagem de um homem
Muito mais feio que belo.
Muito mais choro que riso
Destilava seu semblante.
Parecia que nos olhos
O pranto represava.

Chora palhaço”, dizia
Enquanto o povo na rua
Voltava sorrindo pra casa
Num porre de alegria.

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