Henry burnett

Dezembro

Henry burnett
Longe de tudo, fonte de mim

fiz um caminho que parece triste

sempre no chão, pés no regaço

não ousei dizer-me não.

Retiro narciso pra dentro de mim

construo meu nada sonhando sem fadas

vi-me nascer longe das águas

sem merecer belém de onde vim.

Lembro-me dela, lugar de mundos

cidade sombra de ruas mudas

vivi temores, pedi favores

deitei amores de arlequim.

Hoje refaço o lugar amado

sempre calado por querubins

volto em mistério, sempre dezembro

filho sem norte, dono de mim.

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