Jaime teodoro

Casa de engenho

Jaime teodoro
Olhando pro céu estrelado, da porta da casa
ouvindo,
O canto dos sapos nas pedras, da água na bica
caindo.
Me lembro dos velhos tempos, dali onde eu morava.
Papai contando as estórias e as lendas do
folclore, eu e os irmãos escutavam.

Falava da mãe do ouro, que em noite no
céu se via,
Uma grande bola de fogo, que atrás da serra
caia,
Indicando naquele lugar, mina de ouro no chão.
Aí eu ficava pensando, às vezes a noite
sonhando, se era verdade ou ilusão.

Papai contava outras estórias, até que
eu adormecia,
Acordava com o galo cantando, antes que o sol saia.
Era dia de moer cana, no Engenho da fazenda.
Papai nosso engenheiro, trabalhava o dia inteiro, com
os tachos e as moendas.

Eu puchava o boi no batente, a poeira ia subindo,
Garapa descia nos tanques e o bagaço ia
caindo,
Melado apurando nos tachos e a rapadura surgindo,
Papai de pé no comando, comigo estava sofrendo,
mas estava feliz e sorrindo.
Papai de pé no comando, comigo estava sofrendo,
mas estava feliz e sorrindo.
Bis....

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