Jari terres

A hora do canto novo

Jari terres
Será que o piazedo
Recém pelechado
Não sabe de nada
Eu acho que sabe

Tem mais horizonte
Que aquele de ontem
De infância maneada
Com todo respeito
A crina prateada

Terneiro do cedo
Tem quarto e papada
Cerrou sobre ano
Berrou na invernada

É um quadro presente
Da hora precoce
Exigem a posse
Que é deles realmente
É a voz experiente
Que sabe da lida
Que sabe da vida
Porque não consente

O índio mais rude
Tenteia a memória
No curso da história
Plantou-se a virtude
Cultura, saúde, relíquia de avós
E nunca uma voz gritou
Juventude

Ao canto dos galos
As gotas de orvalho
São chuvas que chovem
Se o tempo é dos jovens
Porque não prová-los

Tem mais horizonte
Que aquele de ontem

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