De saltar calando
Jari terresSe o braço busca a distância no estender da canhada
Uma terneira abichada que achata a cola por conta
Ritual gaúcho na estampa desta querência sagrada
É de vereda, parceiro, com a bota sempre estrivada
Que aparto um boi na invernada pra garantir o sustento
Chapéu tapeado com o vento num barbicacho apertado
E um peleguito virado nesse fundão mormacento
Salta calando, parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no más
Soca as espora' e afrouxa a boca do pingo
Que a zebuada sobra pata por demás'
Salta calando, parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no más
Soca as espora' e afrouxa a boca do pingo
Que a zebuada sobra pata por demais
É de vereda, parceiro, vamos rangindo a carona
Num resmungar da chorona n'alguma folga domingueira
E a sina, por balconeira, faz esbarrar na cancela
Pra tirar a poeira da goela num bolicho de fronteira
É de vereda, parceiro, que a noite vem se espiando
Junto aos buracos do rancho de uma peleia passada
E o vício ronda a indiada num destorcido com canha
Piscando um olho na sanha e metendo sorte clavada
Salta calando, parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no más
Soca as espora' e afrouxa a boca do pingo
Que a zebuada sobra pata por demás'
Salta calando, parceiro, salta calando
Faz um bichinho e afirma a perna no más
Soca as espora' e afrouxa a boca do pingo
Que a zebuada sobra pata por demás'
Mais ouvidas de Jari terres
ver todas as músicas- Campo Afora
- O Melador
- Baio Encerado
- Moura Negra
- Galponeando Chuva e Frio
- Xucra Cordeona
- Os Cataventos do Tempo
- De Chegada
- Alma Estradeira
- À Santa Helena Ausente
- Assombração
- À Flor da Terra
- Oração do Ginete
- No Compasso do Meu Mundo
- No Rumo dos Teus Olhos
- Quando Canto uma Milonga
- Relíquias
- No Coração do Meu Pago
- Estampa de Fronteira
- De Ponta a Ponta