Neguinho do morro
JazahuÓ nego, o neguinho do morro viveu, com suas próprias pernas cresceu e agradece a vida que Deus lhe deu/ E quando rola o samba na hora bota a galera pra dançar. . .
Chegando ao trabalho, no seu consultório, a vela do lado, de São Jorge é devoto, eis aqui uma mão que cura cidadão/ Do jovem ao idoso, do pobre ao doutor, todo mundo respeita seja quem ele for, toda vida tem o seu valor/ Na volta pra casa com o trabalho cumprido, com uma flor pra mulher e um presente " pros" filhos, é um bom pai e um bom marido/ Na subida do morro já se ouve o reboliço, tem guerra na favela entre polícia e bandido, continua o seu caminho/ Seguindo pra casa, os " cana" o pára, fica de joelhos, leva tapa na cara, já não pode fazer mais nada/ É parado, alvejado, confundido com quem não devia. . . sua pele foi quem o condenou ao seu último dia. .