Júnior almeida

Pequenas misérias

Júnior almeida
As pequenas misérias do meu corpo
Na primavera recrudescem
Se é fria então, meu Deus, a minha pele
Faz-se um delgado e ardente poço

Onde feridas feito flores
Pipocam nos lugares mais sombrios
E eu pareço um jarro de dores
Lembrando minha fome com fastio

Penso na morte quando acordo
Penso na morte quando vou dormir
À tarde penso em verso um conto

E bebo, bebo até não mais sentir
As pequenas misérias do meu corpo
Que recrudescem mais por ti

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