Kanduras

Toda nua

Kanduras
Depois dos copos, sob a lua.
Nem rua, nem roupa
Eu e você, toda nua.

Depois do bar, sobre estrelas,
Centenas,
Eu e você, toda plena.

Depois dos tombos, sob galhos.
Eu e você, em retalhos.

Depois dos gemidos,
Fadigados.
Cansados, dormimos.
Eu e você do meu lado.

Depois, de manhã, nós sob encanto, no entanto,
Seu nome nem sei.
Eu e você, toda espanto.

Deu-me um beijo e foi-se embora,
No outono da manhã esbranquiçada
Registrou um sorriso nos meus olhos
Andou pela estrada das folhas desfolhadas,

O acaso se foi,
É tanto, que eu nem sei dizer oi.

(Nem uma palavra
Pelo ar apenas o som de folhas secas
Se quebrando sob os passos
Dopados de partir)

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