O auto do samba

Vai, que malemolência
Cadência de aquentar desinfeliz
A se espalhar
Vibrar o partido mais alto
E o auto do samba a fi ncar raiz

Vai, por conveniência
Demência boa nos agraciar
Todo aprendiz
Só quer permanente doçura
Ventura feliz experimentar

Se for pecado
Velado e sincero
Não faz mal, o passado
É o pecado que mais quero
Eu quero a pastora vivaz
Valorização do que é belo
Vigor no batuque sagaz, eu quero
Espero a cabrocha, rapaz
Vestida de verde-amarelo
Com remelexo mais costumaz

Ô, ô, vai raiar o dia
O samba - alegria - é a vez do raiador
Ô, ô, vai, nos contagia
Até que alegria se encha de esplendor

Ô, ô, vai raiar o dia
O samba - alegria - é a voz do raiador
Ô, ô, vai, nos contagia
Até que a alegria se verta em brincadeira
A alegria se torne corriqueira
A alegria se encha de esplendor