Lafetah

Shangri-lah

Lafetah
Lembro o dia em que perdi
A vista o tempo a voz e vi
O dia ir embora e a noite se espalhar
Nos corredores frios daqui a Shangri-Lah

O conde bate a mão à mesa
E o tolo chora sem certeza
Amigos vêm e passam caminhando devagar
Amores evanescem e eu nunca chego lá

Oh Deus não deixe-me aqui
Não acho a porta pra sair
Me arrasto sempre de volta rumo à sorte ou o azar
É o peso e a corrente, é a minha Shangri-Lah

E eu vi o rosto dos meus medos
Vi o demônio num lampejo
Me aprisionando num sonho que insiste em me afogar
A vela se apaga e faz do escuro o meu lar

Quantos virão depois de mim?
Quem teve antes o mesmo fim?
Não vejo mais saída, terei de me conformar
Rumo aos porões eu desço, aqui é Shangri-Lah
Escuto os gritos surdos vindo de Shangri-Lah
A realidade eu invento aqui em Shangri-Lah

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