Lei seca

Indigente

Lei seca
Suas mãos não apertam
Você não vê e nunca vai ver passar
A felicidade
Passou bem longe, ela não voltará
Da boca a vida
Chorando o pão que você não vai doar
A brecha, a ferida
A humanidade nunca vai te aceitar

A voz está rouca
Estão vivendo pra pedir, lamentar
Um pouco de ajuda, gente muda
Essa gente não consegue falar
As mãos calejadas de um trabalho
Não dá prêmio, mas vão te premiar
Com um chute na bunda
Eles fingem que vão te levantar

Indigente barato a mancha amarga na sociedade
Sujeito sem culpa, mas que acaba por se condenar
A vida está longa
Estão vivendo pra poder suportar
Um pouco de ajuda, a gente muda
Mas essa gente não consegue mudar
As mãos calejadas do trabalho
Não dá prêmio, mas vão te premiar
Com um chute na bunda (gente imunda)
Eles fingem que vão te levantar

Indigente barato a mancha amarga na sociedade
Sujeito sem culpa, mas que acaba por se condenar
Indigente marcado, buraco aberto que você quer fechar
Um chute na bunda e eles fingem que vão te levantar
O sangue está quente
A sua febre não consegue baixar
A roupa imunda
Você é gente pra ninguém te enxergar?
O chão está quente, realidade que vai ter que enfrentar
Com a roupa imunda

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!