Luiz marenco e jari terres

De tropa e inverno

Luiz marenco e jari terres
Cavalos de muda, ponchos na garupa, churrasco no basto
Recuerdos ausências berrando entre os choque de guampas cascos
A tropa ligeira, troteia espantada na frente da escolta
Não sabe a coitada que vai nesse tranco de ida sem volta
Combona amassada, barbela do freio com lumes de prata
A bulha da tropa com grito vaqueano empurrando a culatra
Debaixo do estribo, tranqueia o ovelheiro na sombra do frete
E a tropa assolhada, se tapa de poeira na nuvem do brete
A tropa é um tapete seguindo o sinuelo atras do fiador
Que vem com a voz triste chamando a boiada rumo rumo ao matador
Regressa o ponteiro com buenas noticias para noite de frio
No pouso tem aguada, lenha ja oreada, e campo sem mio-mio
Cantando com copla, um taura saudoso, da prenda sua dona
Chaireia uma faca para cortar o chasque na aba da carona
Na luz do braseiro, um truco de mano disfarça o cansaço
E um cusco assolhado, dorme enrodilhados na armada do laço
Catre de pelego com bastos suados feito travesseiro
Cobertas de poncho, com céu estrelado por teto e candeeiro
No quarto de ronda o tropeiro a cavalo com um triste assobio
Tirita com a tropa e ensaia uma copla para espantar o frio
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