Manifeste

Mar aberto (a guerra)

Manifeste
Sentir o que há de vir
A guerra, colapso geral
Um dano imaterial
A vida eterna
A febre matou
Secou o corpo visceral Sempre fomos espirituais

Causadores por acaso
Poetas por Acidente
Somos templos em constante movimento Depredados, ou não
Sequelados, ou não
Mesmo sem saber

Eu vi o céu se abrir
As mãos dilaceradas
Gotejando sangue
E soro na veia
Para aliviar a dor

Quem seriamos nós
Se o sol não brilhasse pela manhã?
Se não houvesse o amanhã
Verdades em fluidez
Num mar aberto a todos nós
Quem está disposto a mergulhar?

Transtornados e compulsivos
Atrasados por um instinto
Mesmo assim a esperança ainda habita em nós
Não há truques
Não há mágica
Houve aqui a maior prova de amor
Mesmo sem entender

Eu vi o céu se abrir
As mãos dilaceradas
Gotejando sangue
E soro na veia
Para aliviar a dor

O véu se rasgou
O filme começou
As lágrimas no chão
Coroa trocada

O véu se rasgou
O filme começou
As lágrimas no chão
Coroa de honra

Eu vi o céu se abrir
As mãos dilaceradas
Gotejando sangue
E soro na veia
Para aliviar a dor

Eu vi o céu se abrir
As mãos dilaceradas
Gotejando sangue
E soro na veia
Para aliviar a dor

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