Marco andré

Dançador

Marco andré
ê, êta, boi dançador!
ê, boi dançador...
êta, boi!

eu ontem fui na roseira
pra colher flor do castigo.
flor já estava perfumada,
eu trouxe de volta comigo.
serenado em noite calma,
o gostar teu, fugitivo,
de algemas aprisionado
nas coxas do meu sorriso.

ê, êta, boi dançador!
ê, boi dançador...
êta, boi!

morena me dê teu cheiro,
morena, me queira bem
que o céu chora o ano inteiro,
chuveirando toda Belém.

e o meu boi chegou (retumbando de saudade),
e o meu boi chegou (dança, vó, não tem idade!)
o meu boi chegou (pro Arraial do Pavulagem)...

ê, boi dançador,
ê, boi dançador, ê boi, ê boi,
ê, boi dançador,
ê, boi dançador!

é no compasso do boi
que retumbou meu menino,
é no compasso do boi
que mundiei meu destino
e mundiando, e mundiando
eu vou chegando, eu vou chegando
e olha o boi, e olha o boi!
contemporâneo, atemporal, eletrônico.
sente o groove
primitivo, emotivo e sucursal, supersônico.
amazônico boi, amazônico...
amazônico boi, amazônico!

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