História de um junkie

Tudo começou com a fumaça dos delírios
O calmante psicodélico de uma geração
Quando o perfume inebriantemente amargo
Guiou-te ao caminho da perdição
Não havia, mais que um minuto, que ele pudesse passar sem ela

Veja em que buraco ele se meteu
E que não consegue sair desse caminho
Que ele mesmo escolheu
Ele já não tem decisão própria
Aquilo consegue decidir tudo para ele
E pensar em tudo que ele teve um dia

E as decisões são tão drásticas
Que sempre se transformam em arrependimento
Mesmo que já não haja mais tempo para se arrepender
Agora é que ele não pode olhar para o espelho
Pois ele irá se assustar com o que verá
E ele sente o choque no corpo que sente a necessidade

Agora a vida lhe cobra o erro
E ele, agora, não pode mais desistir
Perdeu as forças que o fazia resistir
Que vida ele escolheu para viver
Nas margens do mundo que ele, um dia, conheceu
E que agora lhe vira as costas
Sem pena ou compaixão

Tenho pena de ti
Da vida que você escolheu para viver
Se bem que a culpa é só sua
E não há mais como voltar
Pois desta vida que você escolher viver
Dela você não poderá sair

Eu não canto esta música para você
Eu canto para quem quer seguir o teu caminho
E eu canto agora
Para não ser tarde para cantar depois