Marcos ferreira

O fazendeiro

Marcos ferreira
Quando haviam poucos grãos pra plantar
E nenhum grão pra comer
Pensava na triste escolha
Que tinha que fazer

É tão triste ver o céu azul
Quando se espera pela chuva de verão
Vagando pelo campo vazio
Só se vê silêncio e solidão

Chorava todos os dias
Sem que ninguém pudesse ver
E com as lágrimas regou o solo
Que o céu azul viu morrer

Correndo pela varanda da pequena casa
Viu a sombra de um amor que não esperou
Lá longe o reflexo da grande cidade
Para onde seu pequeno pássaro voou

E por longos dias e noites vazias
Até que o outono chegou
E a forte chuva regou
O vasto campo e a nova vida

Logo o campo verde era o próprio paraíso
E lá longe pelas asas de um belo pássaro
Viu o amor voltar
Mas ao ver o espantalho na plantação
Ouve-se do vento uma confissão

O amor não é aquele
Que te ajuda no dia da colheita
O amor está naquele
Que rega contigo as lágrimas
Dos tristes momentos da longa seca

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