Matheus leal

Pacholeio

Matheus leal
Pacholeio

Pacholeio meu bragado,
Redomão de boca atada
Com olhos de madrugada
E o pelo da noite escura
Manso pro andar da “chirua”
Que trouxe embaixo do poncho
Depois de um baile de rancho
Benzido com a luz da lua...

Pacholeio a flor vermelha
Que “olfateei” preza na trança
Enquanto floreava a dança,
Com feitiços de candeeiro
Som de guitarra e pandeiro,
Com resmungos de alpargata
E um grito de “outra volta”
Pra chamarra do gaiteiro.

Pacholeio o lenço branco
Bem atado a meia espalda
Por “galhardão” ou por balda,
Por ser gaucho, bem pilchado
Jaleco escuro, bordado
Adaga de prata e ouro
E estrelas pintando o couro,
Nas manchas do meu bragado.

Pacholeio algum “silvido”
Na volta dum corredor
Onde o sereno e a flor
Bailam o silêncio das horas
E uma coruja “pachola”
Assombra quem quer cruzar,
Com um “encarnado” no olhar
E um canto claro de esporas.

Pacholeio meu bragado
Com olhos de madrugada,
Redomão de boca atada
Que pra “chirua” floreio
Na noite dos meus arreio
Que trago embaixo do poncho
Depois de um baile de rancho
Benzido num “Pacholeio”.

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