Mauricio sant'anna

Fantasmas

Mauricio sant'anna
Por meu modo de não ser
Perdi meus grandes amores
Pelo meu medo de ter
Não cultivei essas flores

Que viveram e ainda vivem
Nas lembranças e nas dores
Que carrego morto-vivo
Como os velhos atores

Que querem morrer
Mas não morrem
E vagam pelos corredores
De um teatro abandonado

Esperando ouvir aplausos
Ou até receber flores
No camarim demolido
Sob a luz dos refletores

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