Melencoliam

Marques de sade

Melencoliam
Entre ruínas de calabouços
Surgem prazerosos gemidos de dor
Nas lâminas o cheiro de sangue
Coagulado
Trazem os prazeres malditos da carne
A alcova torna-se a sepultura da alma
Que em delirantes sofrimentos
ínauditos
transformam-se em paixões
deliciosas
Seguidas de ardentes desejos ímpios...

Fantasias imorais...
Abrem os caminhos dos sonhos
monstruosos
Lâminas afiadas...
Conduzem a atos voluptuosos
Aberrações coprofílicas...
Sustentam ao sacrilégio
Lágrimas de sangue...
Reverenciam o notório sodomita...
Sade

Marques de sade...
O poeta das torturas lúbricas

Gustandum dolorem
Supplet essentia tormenti
Fácies melancholicus
Entes lubricos trahenti
Exercitationibus libris et crudelis
Ipsu libitina ptcovants libitina

Entre profanas palavras
Líbidas expressões
Almejam luxúrias eternas
Marcadas por sensações
Que conduzem a alma ao extremo
Enquanto a sabedoria atinge o seu
ápice
Em deleite laços dolentes

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