Mensageiro e mexicano

Eu, ela e o garçon

Mensageiro e mexicano
Caminhando pela rua sem destino
Relembrando uma cruel separação
Entrei num bar para esquecer meu desatino
Daquela ingrata que roubou mim a ilusão
Ao entrar naquele bar
Para as mágoas afogar eu chamei pelo garçom
E notei que ele chorava Quando da mesa tirava um copo
sujo de batom
E ao servir-me uma bebida, Pronunciou com voz dorida o
nome de uma mulher
Que ali estivera hà pouco
E por um destino louco o seu carinho não que
Estremeci ao escutar aquele nome
Vi meu passado em minha mente refletir
Compartilhei a mesma dor daquele homem
Pela mulher que a beber vive a sorrir
Seu cigarro derradeiro
Se findava no cinzeiro com o fim do seu pudor
Quem me fez chorar outrora aquele garçom agora faz
sofrer a mesma dor
Ele contou-me a história
Do seu amor sem glória por essa mulher sem nome
Sem saber que do meu lar
Foi rainha em frente ao altar recebeu meu sobrenome
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