Moacyr e sandra

Criador de gado

Moacyr e sandra
Fui visitar a fazenda, minha criação de gado
Cheguei no momento certo ou no momento errado
Era dia de trabalho desses bem ensolarados
Os bezerrinhos, das mães, tinham sido apartados
Eram todos bem espertos
O destino era o comércio para serem sacrificados

Fiquei lá observando, meu coração apertado
Os bezerrinhos berrando, olhando pra todo lado
Suas mães também aflitas, num berro desesperado
Um procurava o outro com olhares marejados
Berros em forma de coro
Percebi que eram choros pelo homem provocado

Aquela cena, eu confesso, me deixou amargurado
Pro administrador disse, sem mandar recado
Venda todos esses bois, tô saindo do mercado
Podem me chamar de doido, quero dormir sossegado
Falei com grande emoção
Provocar separação nunca foi do meu agrado

De homem ignorante posso também ser chamado
Desfazer-se de um negócio pelo mundo praticado
É decisão pessoal, disto estou conformado
Mas, pra mim não serve mais, isto é fato consumado
Nada contra a profissão
Negócio sem coração já faz parte do meu passado

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