Na madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar um sabiá
Niu souza
Capital do samba
O modernismo não tirou a sua essência
Nos traços da artista genial
Madureira é cultura e carnaval
Traz a poesia na cadência
Terra que acolhe gente bamba
Recebe a menina faceira
Filha de ogum com iansã
Morena guerreira, mestiça, mineira
Chegou clareando as manhãs
O modernismo não tirou a sua essência
Nos traços da artista genial
Madureira é cultura e carnaval
Traz a poesia na cadência
Terra que acolhe gente bamba
Recebe a menina faceira
Filha de ogum com iansã
Morena guerreira, mestiça, mineira
Chegou clareando as manhãs
Nos acordes da viola, o violeiro
Solta o fole da sanfona, sanfoneiro
Veio de Minas Gerais
Fez o seu canto ecoar
Cantando os quintais do Brasil
Fazendo floreios pro povo dançar
Estrela da escola de Oswaldo Cruz
Clara iluminada
Com sua fé nas magias dos terreiros
Nos orixás a proteção
Um novo céu se abriu
Teceu vitórias nos caminhos
Vestindo branco
Se cobriu com nosso manto
Nun gesto de amor e carinho
Foi abençoada por natal
A sua voz meu carnaval eternizou
Um elo perfeito toque divinal
Macunaima, iluaê cantou
Da velha guarda é madrinha
De azul e branco a mais bela
Voa com a águia altaneira
Oxalá portela
Um raio brilhou
A noite clareia
A tabajara vem saudando a sabiá
Com rosas e rendas
Descalça na areia
Eparrei oyá!
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