O baque

Verger

O baque
Vou correndo campos, marginais
Pra ver se reconheço uma fotografia
Que se revele para o mundo em paz
E despeça para o mundo essa monotonia

A não ser, a não ser
Se vende
A não ser, a não ser
Se embate
A não ser, a não ser
Que prende
A não ser, a não ser
Que pague pra ver

Amanhã poderá talvez
Agudás e baianos numa mesma ilha
Discutindo em português
O distino brilhante de suas filhas

Xangô saravá mandou dizer
Quem viveu de amor
Quem prendeu que chorou
Quem pariu que nasceu
Quem serviu que vendeu
Quem sentiu que sentei
E escreveu, entendeu
E olhou e nõ viu
E sentiu sem ser

Eu que não sou um de ir
Em conversa de esquecer
Não sou um de rir
Em conversa de esquecer

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