O mundo

Maria da misericórdia

O mundo
Não faço promessa
Pois, pra pagar
É uma travessa homérica.
E minha pressa é matemática
Pois, minha prática é numérica.

Não ascendo vela
Pra iluminar
Minha mazela poética.
E mesmo rústica incita a pensar
E raramente se deixa enganar.

Não peço desculpa
Pra aliviar
A minha culpa atávica
E como um Judas me ponho a arrastar
A pena por não aprender a rezar.

É assim desde menino
Não consigo acreditar.
A fé me parece um desatino.

Mas, hoje o peso do fardo
Não consegui carregar
E é só por isso que estou pedindo.

Misericórdia Maria, misericórdia Maria
Misericórdia Maria, misericórdia.

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