Onze a uma

Sobre poetas

Onze a uma
Encomendaram a bandidos uma canção
Roubaram a letra e venderam o refrão
E dissolveram a melodia em balas e confusão
E a poesia jogaram num lixão

Mas dedilhados sobre cordas de violão
Tão abraçados a batidas do coração
Garotos querem o mundo, então fazem canção
Reflexos da vida no coração

Por um segundo todos podem dar as mãos
E celebrar a vida com toda paixão
Embalados na magia e na emoção
De uma canção

E no mais, eu sei que está chegando a hora
No mais, eu sei que você vai embora
No mais, eu sei que essa canção tem hora de parar

E no início não haviam nem canções
Foi quando deram ao poeta um violão
Seus dedos corriam nas cordas
As palavras, as notas viraram canção

E até hoje nada muda nessa história
Poetas e seus violões
São nas esquinas, nas favelas, nas escolas, em toda direção
Novos e velhos poetas de coração

E no mais, eu sei que está chegando a hora
No mais, eu sei que você vai embora
No mais, eu sei que essa canção tem hora de parar

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