Os bardos

Folheto (rio das matas)

Os bardos
Negras, breus, águas doces
Luas, espelhos, passos no chão
Vou encantar sua alma
Fundo do rio, coração

Quando eu a vi bailando
Pelos bailes de salão
Fui então ao seu encontro
E lhe peguei pela a mão

Trajando branco
Dançando sob a luz
O vento corta e grita
Sou o seu santo e o seu santo lhe conduz

A dama da noite se desmancha em branco
Sua alma imortal dança em desespero

Saltam lágrimas ao alto
Mergulhando inteiro no tecido vazio

E o fino véu escorre ao infinito
Beirando as bordas do eterno paraíso

E a vã quimera passa ser o que é
E por fim, um

E o terno branco, brilha a ofuscar
Em um pulo sombrio, a se transformar

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