Paulo braz

A valsa e o girassol

Paulo braz
Não muito longe uma trêmula voz vai
É um poeta cantando sua dor
Envolto em pranto esse canto se revela
É um belo blues de amor

Há uma cama, uma dama, flores belas
Vestido rosa, fitas amarelas

Um vento leve entra pela janela
Espalha pela casa o cheiro dela
É fim de tarde e lá no quintal
Coral de pássaros... sobrenatural

A cadeira na varanda
O rádio toca uma valsa
Lembranças de tempos bons

Um livro, uma lareira
Sua trança, seu sorriso
Tudo a sua maneira

A sua falta é uma dor congelada no peito
O quadro perde a cor
O piano o seu jeito

O girassol não segue o sol
Não segue a valsa
A pressa virou pausa
E o Luto virou cor

Se o amor é dor que desatina sem doer
Preciso dessa dor pra poder viver
Coração feito pra viver a dois
Não suportará a dor de estar pela metade
Pulsará lento
Pulsará lento
Pulsará lento

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