Paulo costa

Eletronicamentefeitoamão

Paulo costa
Nos cordéis retorcidos das antenas
Projetei meus desejos ancestrais
Pelas linhas das minhas digitais
Pluguei minhas saudades e outras penas
E mandei para as redes as dezenas
Em forma de poesia e de canção
Quem me vê hoje na televisão
Ou me escuta nos seus computadores
Saiba que esse é o som das minhas dores
Eletronicamentefeitoamão...

Transportei o tambor dos desatinos
Que em meu peito gritavam quase agônicos
Para os equipamentos eletrônicos
Do som “tecnopop” dos meninos
Pus tempero e sotaque nordestinos
Bem nascidos no barro desse chão
Entre as ondas de coco e de baião
Viajei na batida dos meus ais
Por esses paraísos virtuais
Eletronicamentefeitoamão

Num esforço tremendo e sobre humano
Com tecnologia, engenho e arte
Eu mandei meu tormento a toda parte
Lincando no martelo alagoano
Arranquei da min’alma o desengano
Cavalguei pelos bosques da amplidão
Me lancei nas brenhas da ficção
Na frequência de rádios dos radares
Hoje chego nas salas dos seus lares
Eletronicamentefeitoamão

Num esforço tremendo e sobre humano
Com tecnologia, engenho e arte
Eu mandei meu tormento a toda parte
Lincando no martelo alagoano
Arranquei da min’alma o desengano
Cavalguei pelos bosques da amplidão
Me lancei nas brenhas da ficção
Na frequência de rádios dos radares
Hoje chego nas salas dos seus lares
Eletronicamentefeitoamão

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