Pedro moutinho

Contemplo o que não vejo

Pedro moutinho
Contemplo o que não vejo.
É tarde, é quase escuro.
Quanto em mim desejo
Está parado ante o muro.

Por cima o céu é grande
Sinto árvores além
Embora o vento abrande,
Há folhas em vaivém.
Tudo é do outro lado,
No que há e no que penso.
Nem há ramo agitado
Que o céu não seja imenso.

Confunde-se o que existe
Com o que durmo e sou.
Não sinto, não sou triste.
Mas triste é o que estou.

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