Pedro vulpe

Olhos do tempo

Pedro vulpe
Tão cedo pra se levantar da cama
E tão tarde pra me despedir
De tudo que convém
Me solto desse abraço e me entrego à memória
Outro dia, outra hora, outro alguém

E a passos sofridos, meio tortos, eu me viro
O caminho é a rotina que se tem
Se tudo é um instante à mercê de variantes
Já não vivo mais no ontem e o amanhã
Não vive em mim, também

E a vista cansada já não falha
Se é noite, amanheceu por onde eu vim
A sorte prevalece no acaso de quem faz
Um recomeço na hora de partir

A vida não tarda a mudar o vento, eu sei
Quem me dera ter mais que um momento
De tudo que sonhei

E então, raiar o dia nos olhos do tempo
Que os ponteiros não sejam resposta
E a graça de quem vive intenso lampejo
Revele ao peito quando ir embora

A vida não tarda a mudar o vento, eu sei
Quem me dera ter mais que um momento
De tudo que sonhei

E então, raiar o dia nos olhos do tempo
Que os ponteiros não sejam resposta
E a graça de quem vive intenso lampejo
Revele ao peito quando ir embora

Tão cedo pra se levantar da cama
E tão tarde pra me despedir
De tudo que convém

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