Plunk

Quem mais

Plunk
Devo admitir que já não sei fingir
Adivinhar quem sou
E que isso é inadmissível eu sei

Vim lhe impedir de interferir
No que não lhe compete
E mesmo que estivesse em minhas mãos
Honestamente eu não sei
Se me rendo ou se deixo estar

Eu quis lhe proteger
Quis lhe prometer o agora
Embora eu não saiba distinguir
As armadilhas que sou predisposto a cair

Sem mensurar a imensidão
Que é estar sozinho
Sem mensurar a imensidão

Sob a lógica desenfreada
Do desespero e ingratidão
Essa breve ilusão de um futuro
Fruto de outro agora já não nos cabe
Somos sóbrios demais para notar
O quão sombrio se tornou nossos anseios
O quão óbvio esse desejo de ir além
Nos fez andar em círculos
Versículos, leis, dogmas e drogas
Para anestesiar a culpa
Pra despistar essa disputa diária
De não sentirmos quem somos
De enxergar que não somos os donos daqui

Quem mais
Queremos ultrapassar

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