Rabo verde

Acabou o carnaval

Rabo verde
'Inda ontem eu lembrei
Cada riso que eu dava
No suor que corre lágrima
Até chorei

Fui à beira de mim mesmo
Entender o meu avesso
Se tem passo, tem tropeço
Cada coisa tem seu preço
E eu também já tive o meu

Se teu tempo é dinheiro
O que eu quero é verdadeiro
Não é parte, é inteiro
Não há quem possa me dar
E se houvesse, não daria

'Inda guardo a poesia
Que levanta de pijama
Vai pro bloco e sai da cama
Sem vergonha de dançar

Mestre sala e bateria
Eu bebi da alegria
Enganei a fantasia
Quarta-feira eu fui parar
De ressaca em outro bar

Quanto mais a vida passa
Mais entendo o bandeira
Que usou sua estrela
E passou a vida inteira
A pensar no que não foi
E se houvesse um outro dia

Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco
Evoé Baco!

Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada
A gargalhar em doudo assomo
Evoé Momo!

Lacem-na toda, multicores
As serpentinas dos amores
Cobras de lívidos venenos
Evoé Vênus!

Se perguntarem: Que mais queres
Além de versos e mulheres?
Vinhos! O vinho que é meu fraco!
Evoé Baco!

O alfanje rútilo da Lua
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo!
Evoé Momo!

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