Regi e adriano

Florada dos ipës

Regi e adriano
Quando um dia eu quis deixar a minha terra
Pra ver o mundo e outros sonhos conquistar
Fui pra cidade, de avenidas e vielas
Tantos vizinhos, mas não sentia um lar
Poucos amigos, nem conversas na varanda
Pouco dinheiro e sem lugar pra trabalhar
Um sentimento de saudade da lavoura
Mas Deus me deu a grande chance de voltar

E aqui no campo tenho tudo que preciso
E pros sentidos do meu corpo pra viver
Tem pro olfato o doce cheiro de relva
Para os meus dedos o orvalho a derreter
Pro paladar tem os mais puros dos sabores
Dos alimentos que acabamos de colher
Tem pros ouvidos o cantar da passarada
Tem para os olhos a florada dos ipês

Acordo cedo, ainda nem bem nasceu o dia
Vou tirar leite na rotina matinal
Tratar do gado, dos porcos e das galinhas
Da bicharada que ta solta no quintal
Depois no eito, vou lavrar a minha terra
Fazer a roça, do milho e do feijão
Planto de tudo, a semente se enterra
E morre hoje, pra manhã virar o pão

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