Rima criminosa

Sem olhos pra periferia

Rima criminosa
O pivete sem ensino esquecido ta fumando pedra
Enquanto deputado rouba dinheiro e esconde na cueca
Mora no Brasil se torno vergonhoso
É político matando o povo e moleque transformado em criminoso
Enquanto mais boy compra Audi e Renault
O PM da coronhada no mendigo por causa da sua cor
A criança largada desacreditada sem ensino
Pego uma glock encheu o pente e viro bandido
Não da pra viver comendo lixo e resto
A alternativa é abri sua cabeça com a minha 380
Ti juro mano já cansei de ver pessoas enterrada
E também cemitério clandestino no quintal de casa
Ta feliz na suas férias bebendo whisk na Europa
E eu to numa goma suja sobrevivendo pedindo esmola
Enquanto você ta comprando mais um iate ou jet-ski
A civil mata inocente e manda pobre pra UTI
Você vai ta rindo a toa no seu cruzeiro marítimo
E vou virar o assassino com a PT em seu condomínio
Eu vou rouba sua BMW e pegar seu cartão do Banespa
Vou ta trocando tiro com a PM pra coloca o rango em cima da mesa
Pro meu povo na miséria sem esperança faminto
Vai buscar o conforto através do latrocínio
Isso que é foda isso que incomoda
Político roubando milhões e o povo na bosta

Mais chacina aumenta o numero da estatística
Ta difícil a paz a alegria sem olhos pra periferia


Enquanto tiver mais pobre brigando e matando pobre
Vai existir mais políticos com apartamento em Nova York
Eu quero ver o pobre unido a união faz a força
As favelas todas juntas pra muda essa porra
Só vamos conseguir mudar algo se houver união
Todas periferias dando as mãos pra fazer revolução
Não quero ver mais você levando choque no distrito
Nem morrendo no crime engrossando o numero do perito
Eu não queria ver o menino com sangue na mente segurando um cano
Nem no presídio ver os presos jogando bola com seu crânio
O deputado ta lá no congresso no bem bom e ainda ganha mó grana
E você ta no sol ganhando 10 centavos com facão cortando cana
O menor bem nóia cheira risco de cocaína
E não pensa duas vezes pra ti amarrar na cama e te encharcar de gasolina
O pivete no Brasil é transformado em monstro
Que corta seu pescoço sem dó no caixa eletrônico
Fazendo o povo de tonto desde de cedo lá na fila
E arbitro manipula jogo a favor da quadrilha
Ainda beija medalha santinho e muda resultado
É pênalti inexistente e o telespectador de palhaço
Até no futebol Brasil corrupto sem futuro
Pior distribuição de renda país de terceiro mundo


Mais chacina aumenta o numero da estatística
Ta difícil a paz a alegria sem olhos pra periferia


A burguesia só pensa em jóias,colares,tamanco
Gastando em uma hora no shopping o que eu ganho pr ano
Enquanto a enchente destrói minha goma e leva embora meus moveis
A madame gasta 2.000 por mês aplicando botox
Do que vira você com a faca enquadrando o boy na esquina
Pra depois eu te ver no distrito cobrindo o rosto com a camisa
Eu queria ver você com a sua mina no cinema
Não você sendo motivo de reportagem pro Datena
O Brasil não ta nem aí o Brasil não me respeita
Invés de livro na mão o moleque carrega uma escopeta
Infelizmente pro analfabeto faminto
Ter o que comer é pápá dedo no gatilho
Vai ter na mansão mais um corpo na sala
Mas um crânio da burguesa furada de bala
Pivete vendendo doce e skol no farol
Causa vergonha o considerado país do futebol
Sem ter o que comer nem um pacote de sal
Agora é só rifle fau no país do carnaval
Só comendo migalha invés de alimento é crack
A panela vazia cheia de goteira na laje
Faz um simples cidadão fica com raiva raivoso
Ser transformado em monstro vira criminoso
Faz o ladrão invadir o condomínio cala a boca isso é um assalto
Ou enquadra a BMW porra agiliza saí do carro
Na favela o pivete não tem em quem se espelhar
Só vê os traficantes carregando fuzil HK
Ao ver no pescoço dele cheio de corrente
Vai pensar que o crime vai comprar seu vídeo game
Vai virar um psicopata homicida criminoso
Com raiva na mente sanguinário apetitoso
Que porra de país que invés de educação investe em presídios
Tudo isso seria diferente se invés da glock na mão estivesse um livro

Mais chacina aumenta o numero da estatística
Ta difícil a paz a alegria sem olhos pra periferia.

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