Acordo de tarde, não sei da metade
Que passa num passe de mágico e tô

Deitado de estático, louco mas lógico
O excesso de ócio que fere meu corpo

Pouco me serve, claro, gelada no pote pro pai, pô
Minha mina me mostra, me abraça e aposta
Que esse mundo é nosso e que o que não virou

Vai virar no próximo, foge do foço
Me aposso das posse e me posto no show

Minha vida ensinou minha lírica e flow
Mais track na bag e os muleque diz ho, hey

Se tudo passou, o importante é que tô vivo na “bad
Traz o papel tio, largo esse rap
Fogo na tinta que a noite tem rec

Estudei minhas técnica, montei minha tática, tudo prática
Pra minha fé virar, não tá estática
E cê pode pá que eu não vou parar

Tudo muda e sempre vai mudar
Tudo mudo quando o pai ganhar

Roupa luto, de whisky puro tô maluco
Com um charuto escrevo murro pra cantar

Tô bagdá, do lado de cá, envolvido no game pra ganhar
E se criticar, não vai amenizar metade, é tarde pra falar

Mais doce que mel, ácido, papel, um réu culpado pro céu
E as letra babel, loucura, papel, pros falador tirar o chapéu

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