Rúcula

Bar

Rúcula
A cabeça cheia de algo passageiro
O coração vazio
Como um bar fechando na madrugada
Quase manha cadeiras vazias viradas
Outras ocupadas, mas quase ninguém
Mesmo vazias garrafas sobre as mesas
De quem vê o que não acontece, mas imagina acontecer
Como um bar fechando na madrugada

Dentro do próprio mundo ficção de quem espera
Utopia de quem alcança
Degraus que levam aquela passagem
Que mostram as imagens na solitária tela
Como um bar fechando na madrugada
Na madrugada

Difícil mas possível
Durante toda estada
De algo grande e complexo
Que habita por pouco tempo
As várias situações andando como nuvens
Despistando atenções e movendo ficções
Como um bar fechando na madrugada
Na madrugada

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