Samile araujo

Caminhar

Samile araujo
Ando assim como quem anda
Contando os azulejos por onde passa
Até aonde os olhos alcançam
E a imaginação vai além
Além, além

Falo assim como quem fala
Por aí sozinho
Procurando um chão para andar
Procurando encontrar a paz

Aquela que excede o entender
Que não termina no anoitecer
A paz que excede todo o entender
Que não termina no anoitecer

Até quando vou procurar onde não acharei
Se na verdade sei bem onde está?
Até quando sentirei o vazio
Quando sei que quem me completa é o Pai?

Olho para o alto
Meu socorro vem de lá
Olho para o alto
Meu lar

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