O sino da igrejinha
Faz belêm-dêm-dêm
Deu meia-noite
O galo já cantou
Seu Tranca-Rua que é dono da gira
Oi corre gira que Ogun mandou

Naquela ventania, ô gangá
Que sobe o pé da serra
Vejo a Bombogira, ô gangá
Que vêm gritar na terra

Exú é o começo
Atravessa o avesso
Exú é o travesso
Que traça o final
Exu é o pau
No caule que sobe
Sozinho que sabe
O caminho de além
De bem e mal
Dito pelo não dito
Odara é bonito se a água não acaba
Elegbara elegante no falo que baba
Exú é quem cruza e descruza o amor
Bará não tem cor
Estará onde quer que qualquer corpo for
Pra todo trabalho
É o laço e o atalho
É o braço e a mão
Do falho e do justo
Exu é o custo
Do movimento
O tormento do ser
Que não é
Exú!

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