Sestine

Serenata de uma nota triste

Sestine
Enquanto o suor cobre os poros das freiras
Algum amor ainda mancha as mesmas mãos
As mãos dos cafetões e as lágrimas das putas
Mas nunca as de quem você quer
E o sangue azul dos natimortos ainda jorra
P'ros saguões das entranhas das virgens
No beirute e nas bocas de fumo
Mas nem molha as mãos de quem você quer
Porque sou eu quem te quer mais
Porque sou eu quem te esperou
E quem te espera aqui, há tanto tempo
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