Nada além

Quem as trevas hão engolir
Se já não há ninguém
Mais ninguém aqui

Quem a morte há de vencer
Se o fato é que
Lá na cruz caiu

E eu que já não sou quem eu sou

Olho com pena o que vejo no espelho
Reflito a maldade de um homem que já morreu
Para aqui

Existe dentro, por fora
Em inteiro e em metade
Em um mundo que já morreu
Para mim

Se a vida quer me distrair
Sabe o meu ponto fraco
Diz o que eu quero ouvir
Leva eu, move eu, beija eu
Quem sou eu? E eu sou eu?
Sabe? É tão difícil
Vê? É tão difuso

É um pouco mais, com nada a mais
E se desfaz, quando me esvazio de mim

E eu, que sou, porque eu sou me quis assim