Sob o verbo

Debaixo dos meus pés

Sob o verbo
(Não faz nada)
Das sombras de onde vim eu pude encontrar
A fonte que secou em todo meu ser
Semeou discórdia no meu funeral
Mas sinto lhe dizer que renascido estou.

Não vem me convencer que eu devo voltar a entregar meu sangue e viver a dor
O profano afago que amaldiçoou toda minha história não me engana mais.

Encontrei minha paz.
Não me engana mais
Não vou voltar atrás

Se hoje você pudesse sentir as mãos perfuradas por alguém
Que você criou e mesmo assim cuspiu na sua face.

Não sentirei se as mãos inflamarem ou urtigarem algo
Que me difame ou que me leve ao chão infame onde você está
Debaixo dos meus pés é o seu lugar.

Não tente me impedir, não queira se iludir pois estou indo rumo ao céus
Cantando o velho hino: eu sou livre.

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