Teasanna satanna

Maldição

Teasanna satanna
1. Maldição

Fosso das trevas, que tenho de passar sem medo
Para chegar á porta do destino sem o trevo
Linda luz doirada
Na escuridão sagrada
Porta dura e velha que tenho de abrir
Com palavras mágicas que tornam a fugir
Num trovão inimigo
Em nuvens sem abrigo.

Meu corpo ensanguentado
E ali parado
Minha face fria
Esperando aquilo que eu temia..

A dor...

Do feitiço negro lançado pela bruxa
De olhos de fogo cintilante.

Facas cravadas na minha alma
Putas sanguinárias a atazanar a calma.

Corpos mortos em outras vidas
Serventes venenosos curando minha feridas
Altar abandonado
É este o meu fado.

Troncos queimados
No reino da maldição
Galos sem cabeça
Onde reina a traição

Sangue derramado
Na mesa pão barrado...

...De maldição
Velhos homens morrem
Novos corpos nascem
O cheiro a doença
Que paira no ar da descrença
Não há água, não há vinho
Já não tenho tino
Com sede e com fome
E nada neste vale se come

Maldição

Arrependimento de duvidar
Das forças do mal
Vim ás trevas parar
A este vale infernal.

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