Venerata

Mitomania

Venerata
Jogou no lixo seu sonho
E toda essa merda entopiu a privada
De posse de um argumento medonho
Cagou pros amigos, puxou a descarga

Assistiu seu futuro escorrer pelo ralo
E se viu no reflexo, foi no embalo

Tão simples quanto olhar na sua cara
É notar a feiúra aflorar tua alma
A sua beleza se ofusca em desgraça
E seu valor se perde numa dose de cachaça

Afundou-se na lama do próprio perdão
Cavou a sepultura e enterrou sua razão
As mentiras que conta sujaram seu nome
A virtude que o falta é atitude de homem

Considerar alguém que eu já chamei de irmão
E incontáveis vezes estendi minha mão
Eu não vou mais deixar seu erro me afetar
Daqui pra frente ninguém mais vai te salvar

Viver de desculpa é sempre cometer
Um erro ou outro e nunca perceber
Que há sempre alguém que sairá afetado
Toda sua desculpa te condena o culpado

Considerar alguém que eu já chamei de irmão
E incontáveis vezes estendi minha mão
Eu não vou mais, eu não vou mais
Deixar que a mágoa atrapalhe minha voz, minha missão
Eu não vou mais, eu não vou mais
Perder meu tempo com você e sua decisão

Pensei em usar violência pra justificar
A influência que o fez tudo abandonar
Mas sei que a vida irá lhe ensinar
Ela bate mais forte e é capaz de matar
Esse orgulho covarde que há em você
E tua mente fraca que o impediu de ver
Que toda sua marca é fácil de esquecer
Olha pra mim agora: Quem não sabe perder?

Você diz que bancava toda correria
E que era o único que se importava
Esqueceu que amizade é uma parceria
O custo da irmandade que eu nunca cobrava
Em teus erros a culpa era sempre de alguém
E seu posto renega com certo descaso
Se na vida há males que vem para bem
Dos males, o pior: Você foi um atraso

Considerar alguém que eu já chamei de irmão
E incontáveis vezes estendi minha mão
Não tem como voltar atrás
Rebobinar a fita é rever os erros de frente pra trás
Subir na vida agora, só na base do tapetão
Pra ver sua cara sendo pisoteada nesse chão.

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