V.m.s

O ano do rato

V.m.s
As serpentes que se cuidem, esse é o ano do rato
Clima pesado tipo dia dos pais em orfanato
É hora da vingança, final do extermínio
Essa é a minha era cês vão morrer no meu domínio

Me alimentei com o veneno que jogaram na minha toca
Não morri, mas hoje vocês vão dormir com as minhoca
Nasci no esgoto, me queriam morto, escalei pra superfície
Querem um mundo branco, mas minha rima esguicha piche

Posso tudo e quem duvida que fique mudo
Desintegro sua mente igual recheio dos canudo
Não prova da fonte que eu bebo vai dar leptospirose
Nem da repeat nesse som, se não quer ter overdose

Comecei agora mas só em morte vou dar quit
Depois de ouvir essa letra tua mente vai dar tilt
Armadilha plantada porque fodi as prateleira
O plano me degolar, fiz supino com as ratoeira

Rato se multiplica eles tentam queimar com brasa
Corja de falsos enterrados em cova rasa
Ficou sem chão, aproveita o nó na goela
Não vem pagar de cão se tu é jacaré banguela

Não quero flow se for pra ter ideia de maternal
Minhas rimas são assassinas essa ta na condicional
Abriu a gaiola no dia certo, eu já tava com um plano de fuga
Querem velocidade de lebre, eu quero experiência de tartaruga

Não me julgo mc, sou aprendiz de cerimônia
Morro no dia a dia como o solo da amazônia
Roendo as cordas que sustentam a base do mundo
Na de causar sequela mais grave que o som do bumbo

É underground, pesado, passo de elefante
Até no mute ou em pause estouro teu alto falante
Um violão sem cordas, o corpo dela nu
E tu brinca de cabra cega, o prego vai no teu c#

Cada verso tem essência, o verso deles tem amônia
Nem olha o filme de terror se é pra ter insônia
Fumando um cigarro deitado em linha de trem
Chupadores de cano lembram... kurt cobain

Rato se multiplica eles tentam queimar com brasa
Corja de falsos enterrados em cova rasa
Ficou sem chão, aproveita o nó na goela
Não vem pagar de cão se tu é jacaré banguela

Animal meta humano tipo aqueles de dakota
Minha letra na tua mente, e ela nem entrou por cota
Sorriso estampado pra disfarçar a morte interna
To vendo o hematoma, o diabo puxou tua perna

Rastro encontrado, no prato, do rato o grito não alto
Vou levar todo o queijo e nem vai ser de assalto
To no purgatório, mas obrigado pela prece
Camundongo na igreja só pela sobra da quermesse

Vou encher o saco, igual vendedor pamonha
Olha que essa eu escrevi essa sem fumar maconha
É quente, malandragem o jerry sempre engana o tom
Nasceu sem levada e vai reclamar no procon

Decifra esse som, resolve esse cubo mágico
Vão me internar de novo, problema psiquiátrico
Grito de torcida nocaute no último segundo
Sou mais um daqueles ratos que querem dominar o mundo

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