Walter das trevas

Perolas aos porcos

Walter das trevas
Nessa vida quase nada me preocupa tanto quanto
A decadência do sistema la no alto do planalto
Sobressalto algumas coisas que reforçam o meu pranto
Acalanto da memória, estória para boi dormir

Com seus discursos demagôgos, não convencem mais ninguém
Com sua gana pela grana, eles não valem um vintém
Também pudera, o alto clero, nada limpo, nada belo
Em seu castelo de promessas só enxerga o que convém

E fala bem, suas palavras não são ditas ao acaso
Vocifera moralmente, como mente, descarado
Prognóstico de culpa, ta na testa, carimbado
Em seu legado, só miséria, sofrimento e ilusão

Corrupção, sangue bom, é a lição,
Que o cuzão do deputado vai deixar pra quem quiser
Usar de exemplo, um exemplo nada bom
Banalizando a sociedade aos poucos passa a tolerar


Quanto mais você tolera, mais a coisa prolifera
Nada bela e a fachada do sorriso da favela
Da miséria ao desperdício, tão propícia é a cegueira
Deflagrada pelas luzes da tv no domingão

O vilão ta disfarçado de herói da resistência
Incoerência na mensagem, sem caráter na ação
O cidadão é resultado da política do estado
Definhando claramente a estrutura da nação


E gasta a grana com alguma coisa que seja real
Pois o combate é uma mentira, e o problema é social
E bem ou mal, ninguém merece, o rabo cresce e fica preso
Nas correntes da propina e da dissimulação

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